Na Bahia, a Educação Escolar Indígena adota uma abordagem diferenciada que promove o ensino em conexão com a natureza e os saberes tradicionais. No Colégio Estadual Indígena Tupinambá de Acuipe de Baixo (CEITAB), em Ilhéus, as aulas ocorrem em praias, manguezais e rios.
A coordenadora pedagógica Marcineia Tupinambá explica que o ambiente natural é parte essencial da aprendizagem, além de valorizar a presença de anciãos e lideranças da comunidade como educadores. Essa metodologia fortalece a identidade cultural dos estudantes e promove uma formação política desde a infância. Com mais de R$ 70 milhões investidos pelo governo da Bahia, o modelo inclui ações de infraestrutura, valorização docente e projetos culturais.
A política segue os princípios da Lei nº 11.645/08, que torna obrigatória a inclusão da história e cultura indígena nos currículos escolares. Além disso, a SEC atua em parceria com a Superintendência de Políticas para a Educação Básica (SUPED) e a Coordenação de Educação Escolar Indígena (CEEI), assegurando a participação das comunidades em todas as decisões. O resultado é uma educação bilíngue, intercultural e conectada com as raízes dos povos originários.